terça-feira, março 04, 2008

4 de Março

Hoje o dia começou vibrante, como todos os dias começam, hoje sinto o seu pulsar e escapa-me o sentido que o planeta está a tomar, sinto tranquilidade mas em simultâneo sinto a ansiedade de quem vai ter mil e um presentes ou vai quebrar a rotina… nada se adivinha na minha agenda, mas alguma coisa se está a passar, noto nos meus ossos, nas minhas células, sinto o pulsar do planeta, sinto o pulsar do universo.
Como sempre, pensei que poderia ser um trânsito e com esta onda de energia, calculei que úrano poderia estar a espreguiçar-se no meu mapa e a fazer cócegas ao meu sol, ao meu mercúrio, à minha lua….então lembrei-me de Marte a entrar em caranguejo, claro que logo surgiu um texto que me explicou a passagem, que me explicou como o meu Marte gemeniano estaria a ficar um pouco aflito ao ficar em quadratura com Saturno em virgem… percebi que o meu Marte em Gémeos poderia ser um jogral, mais do que isso, o Joker esperto e manipulador, atrofiado e cheio de medo de umas vergonhas sociais. Mas depois pensei que realmente essa energia toma forma no meu ser, toma forma mas não o forma, afinal já tenho 32 anos… sim, soltem risadas, já passei o retorno de Saturno, dito assim quase que parece um título do Fantasporto….Então que energia é esta ?
Depois senti necessidade, senti desejo, um desejo profundo por vidas passadas, um desejo profundo pelo sol de primavera num campo, próximo de um bosque, senti o calor dos meus cabelos a voar na brisa, senti o vestido quente e pesado, senti as mãos a tocarem em plantas e ervas, senti a sabedoria da terra, a sabedoria dos elementos e senti a dor de esquecer nesta vida a matriz do universo, a dor porque essa sabedoria vibra sem forma no meu ser… talvez seja essa a resposta, talvez a ansiedade dos mil e um presentes seja a nota da sinfonia da inteligência do universo a experimentar-se em cada um de nós, por vezes em consciência isolada, mas tantas vezes num só corpo do qual aceitamos fazer parte… olá meu irmão... tu que agora lês isto sabes que partilhamos do mesmo fundo, da mesma base, que somos divinos, que somos terrenos, que somos partes, que somos o TODO.