Conversar deve ser a melhor coisa do mundo!!! Bem a melhor coisa é estar no mundo!!! Quando aceitei participar da experiência física, aceitei esquecer. E esquecer é um processo complexo, as reminiscências permanecem, sentem-se, cheiram-se e a memória insiste no retorno! Quando me lembro de algo, logo tento esquecer o contexto e assim aquela imagem, momento, permanece um mistério desconhecido que se denunciou sendo memorizado no actual como uma sincronicidade aleatória – como se isso fosse possível. O mais engraçado é que é possível, tudo é possível, basta movermos a intenção, recriar novas fronteiras e limites, jogarmos às máscaras e descobrirmos que somos camadas sobre camadas, sem fim, apenas porque o fim é sempre adiado!!!
Maravilha, sorrio ao pensar nisto, ao accionar a memória celular da diversidade na unidade, ao recordar que somos todos um, não como metáfora, mas como uma evidência do nosso sentido divino e criador!!! Realmente quando por mera operação técnica nos dividimos em personagens, actos, personalidades, papeis … enfim em tantas divisórias que nos perdemos na categorização, acabamos por nos perder de nós próprios e depois passamos encarnação atrás de encarnação a experimentar essa perda num jogo caleidoscópico de sentimentos e sonhos que nos trazem esperança no meio de tanta sombra que criamos, esquecendo que é apenas sombra, sem matéria, sem poder, sem existência – só se torna na nossa vida se lhe dermos esse poder!